Tarifas de Trump: O Brasil Sobrevive a Mais Uma TurbulĂȘncia?

O que esperar quando o protecionismo bate Ă  porta

VocĂȘ acordou e viu que Trump resolveu taxar o Brasil em 50%? Calma, nĂŁo Ă© o fim do mundo – embora o dĂłlar tenha dado aquela subidinha nervosa de 2,28% sĂł para mostrar que estava prestando atenção.

No curto prazo, a bronca Ă© imediata. O cĂąmbio dança, a inflação ameaça dar as caras via produtos importados, e setores como petrĂłleo, cafĂ© e a coitada da Embraer sentem o baque na hora. Paradoxalmente, alguns produtos podem atĂ© ficar mais baratos aqui dentro – afinal, se nĂŁo conseguem vender lĂĄ fora, sobra para nĂłs.

No médio prazo, a coisa fica mais séria. O PIB pode encolher até 0,5 ponto percentual, e aí começa a correria para encontrar novos compradores. China, Reino Unido, qualquer um que tope nosso café sem cobrar taxa extra. O problema? Redirecionamento de exportaçÔes não acontece da noite para o dia.

No longo prazo, talvez seja até bom. O Brasil pode finalmente diversificar sua pauta exportadora, fortalecer laços com os BRICS e quem sabe até acelerar essa história de usar moedas locais no comércio. Claro, vai doer no começo, mas adaptação é nosso forte.

A verdade é que, representando menos de 2% do PIB brasileiro, o impacto pode ser mais barulho que resultado. Mas aqui estå o ponto crucial: tudo depende de como nosso governo vai jogar. Se a resposta for inteligente e estratégica, saímos fortalecidos. Se for reativa e emocional, multiplicamos os estragos.

Estalo: Crises obrigam paĂ­ses a reinventarem suas estratĂ©gias. Às vezes, um empurrĂŁo desconfortĂĄvel Ă© exatamente o que precisamos para sair da zona de conforto comercial – desde que tenhamos liderança Ă  altura.

Micha Torres

Um eterno aprendiz, formado em Gestão de Pessoas, com especialização em Gestão Corporativa, Inovação e Projetos, e MBA em Projetos e Ágeis. Tem sugestão de pauta? Envie para: estalolab@gmail.com.

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